domingo, 24 de junho de 2012

Existencialismo e blablablás

Sim, eu sei que faz muito tempo desde que não posto nada. Não sei ao certo se é pela minha falta de tempo ou pela minha falta de talento mesmo. Até tenho escrito algumas coisas, mas quando termino e releio, acho tudo uma merda e sinto que ninguém além de mim mesma deve ter o desprazer de ler tanta bobagem. Mas como eu imagino que só algumas pessoas com quem eu realmente me importo leiam isso aqui, decidi tocar o foda-se.

Esse ano estamos (teoricamente) tendo aulas de Psicologia. Sim, teoricamente porque no início do ano letivo não tínhamos professor disponível para ministrar as aulas. Quando finalmente alguém foi efetivado, depois de burocracia atrás de burocracia, eis que a professora já tinha compromissos em algumas sextas e outras foram recesso. Resultado: se assisti a três aulas foi muito.

Mesmo com essa carga horária patética, tivemos que cumprir com o protocolo e fazer uma prova. Aí me vi obrigada a me inteirar do conteúdo da bendita prova, já que nessas aulas que assisti, estava apenas de corpo presente. Minha mente provavelmente estava no Uruguai, no Hooligans ou na próxima rodada da Copa do Brasil.

Revirando os e-mails do grupo, fiz o download de alguns slides e tirei xerox de um capítulo de um livro qualquer. Basicamente, esse semestre (se é que pode se chamar assim) a matéria era a teoria existencialista sartreana aplicada, logicamente, as relações do trabalho.

Em suma, Sartre afirma que a existência precede a essência do ser humano. Primeiro nascemos, totalmente vazios, para depois nos tornarmos quem somos, com base nas escolhas que fazemos. Ou seja, o homem, como um ser livre, tem toda a liberdade para decidir o que quer, o que deseja para preencher o vazio da existência. Nossa essência não é um presente divino, e sim algo construído lentamente por nós mesmos. Sendo assim queridinhos, parem de culpar terceiros por suas cagadas! Vocês, com o discernimento e consciência que lhes foram concebido, optaram por ser/estar o que são/onde estão hoje. Portanto, sem mimimis.

O que mais veio ao encontro do meu pensamento foi a condição do homem como um eterno projeto. Projetamos nossos ideais, nossos desejos, vontades e planos. Quando os conseguimos, temos de criar um novo projeto para continuarmos existindo. Somos eternos insatisfeitos, eternos incompletos agustiados. Alguns só camuflam melhor e fingem ser plenamente realizados.

Meu grande projeto de vida está se encaminhando lentamente. Sinto que vou conseguir tudo o que quero. E quando digo tudo não me refiro às coisas materiais. Mas ao mesmo tempo, fico curiosa para saber o que virá depois, qual será meu próximo sonho e isso me deixa apreensiva.

Alguém já parou pra pensar nisso ou sou a única maluca que vive mais sofrendo antecipadamente?




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