Sim, eu sei que faz muito tempo desde que
não posto nada. Não sei ao certo se é pela minha falta de tempo ou pela minha
falta de talento mesmo. Até tenho escrito algumas coisas, mas quando termino e
releio, acho tudo uma merda e sinto que ninguém além de mim mesma deve ter o
desprazer de ler tanta bobagem. Mas como eu imagino que só algumas pessoas com
quem eu realmente me importo leiam isso aqui, decidi tocar o foda-se.
Esse ano estamos
(teoricamente) tendo aulas de Psicologia. Sim, teoricamente porque no início do
ano letivo não tínhamos professor disponível para ministrar as aulas.
Quando finalmente alguém foi efetivado, depois de burocracia atrás de
burocracia, eis que a professora já tinha compromissos em algumas sextas e
outras foram recesso. Resultado: se assisti a três aulas foi muito.
Mesmo com essa
carga horária patética, tivemos que cumprir com o protocolo e fazer uma prova.
Aí me vi obrigada a me inteirar do conteúdo da bendita prova, já que nessas
aulas que assisti, estava apenas de corpo presente. Minha mente provavelmente
estava no Uruguai, no Hooligans ou na próxima rodada da Copa do Brasil.
Revirando os
e-mails do grupo, fiz o download de alguns slides e tirei xerox de um capítulo
de um livro qualquer. Basicamente, esse semestre (se é que pode se chamar
assim) a matéria era a teoria existencialista sartreana aplicada, logicamente,
as relações do trabalho.
Em suma, Sartre
afirma que a existência precede a essência do ser humano. Primeiro nascemos,
totalmente vazios, para depois nos tornarmos quem somos, com base nas escolhas
que fazemos. Ou seja, o homem, como um ser livre, tem toda a liberdade para
decidir o que quer, o que deseja para preencher o vazio da existência. Nossa
essência não é um presente divino, e sim algo construído lentamente por nós
mesmos. Sendo assim queridinhos, parem de culpar terceiros por suas cagadas!
Vocês, com o discernimento e consciência que lhes foram concebido,
optaram por ser/estar o que são/onde estão hoje. Portanto, sem mimimis.
O que mais veio ao
encontro do meu pensamento foi a condição do homem como um eterno projeto.
Projetamos nossos ideais, nossos desejos, vontades e planos. Quando os
conseguimos, temos de criar um novo projeto para continuarmos existindo. Somos
eternos insatisfeitos, eternos incompletos agustiados. Alguns só camuflam melhor
e fingem ser plenamente realizados.
Meu grande projeto
de vida está se encaminhando lentamente. Sinto que vou conseguir tudo o que
quero. E quando digo tudo não me refiro às coisas materiais. Mas ao mesmo
tempo, fico curiosa para saber o que virá depois, qual será meu próximo sonho e
isso me deixa apreensiva.
Alguém já parou
pra pensar nisso ou sou a única maluca que vive mais sofrendo antecipadamente?
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